Taxar o sol?

Taxar o sol?

Muito se falou ao longo dos últimos tempos sobre taxar o sol, mas afinal, que história é essa?

Em 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica divulgou a REN 482, essa resolução introduziu o sistema de compensação de energia produzida por painéis solares fotovoltaicos. Esse sistema solar permite que toda energia excedente produzida em sistemas fotovoltaicos grid-tie possa ser injetada na rede elétrica e com isso, receber um crédito de compensação em energia que pode ser usado em até 60 meses.

 

Esse sistema fotovoltaico parece extremamente atraente e econômico, porém ele possui um “calcanhar de Aquiles”. Numa rápida explicação, a produção de energia solar fotovoltaica ocorre majoritariamente das 9h até 17h, entretanto, uma grande quantidade de consumo de energia continua a ocorrer até às 21h conforme se observa na figura abaixo.

Figura 1 – Consumo residencial vs geração solar fotovoltaica

Fonte: Nota técnica Aneel 0056/2017

         

Após às 17h~18h, a geração solar fotovoltaica cessa e toda rede elétrica do consumidor passa a ser alimentado pela distribuidora de energia, que por sua vez, adquire energia de outras fontes de energia como Hidráulica, Eólica, Nuclear e Térmica.

 

Devido essa alta demanda até as 21h, é necessário manter a qualidade do sistema elétrico, muitas vezes necessitando o acionamento de usinas térmicas para garantia da entrega de energia. Essa necessidade faz com que o custo da energia se eleve, uma vez que a produção de energia térmica possui custo mais elevado. É nesse ponto que surge o problema da energia solar fotovoltaica. O horário em que a energia fotovoltaica é produzida e injetada na rede elétrica possui um custo menor do que em horário de maior demanda.

 

Atualmente, a compensação de energia é muito boa para o usuário do painel solar, porém, os demais consumidores que não possuem o sistema fotovoltaico, acabam pagando essa conta. Sendo assim, começou a ser discutido uma mudança na regulamentação para que essa diferença seja atenuada, mas opositores à mudança conseguiram frear o processo regulatório obtendo apoio popular utilizando a expressão “taxar o sol”. Não se deseja barrar o crescimento da energia solar, apenas deseja-se que o crescimento seja de forma ordenada e com bases sólidas, para que não ocorra o que está sendo observado em alguns lugares como a Califórnia, EUA (Conhecida como curva do pato), onde a diferença abrupta produção solar e demanda de energia na parte da noite, tem ocasionados inclusive diversos problemas como apagões e necessidades de rodízios de energia.

 

 

Há diversas propostas sendo levadas a audiências públicas para que se encontre uma solução que seja benéfica e possa dar boas fundações a expansão da energia solar.

Mas afinal, possuir sistema solar fotovoltaico irá se tornar inviável?

 

Não, a perspectiva é que a energia solar fotovoltaica grid-tie continuará sendo muito atraente para quem deseja diminuir custos de energia. O que poderá ocorrer é um aumento no tempo de retorno do investimento, mas que ainda sim continuará interessante para o consumidor.

 

Há também uma possibilidade interessante na mudança regulatória. Atualmente, o cliente com energia fotovoltaica recebe apenas o crédito em KWh de energia do excedente, que pode utilizar em até 60 meses. Ou seja, não há qualquer ganho em moeda, mas isto poderá mudar de acordo com algumas propostas que estão sendo levantadas. Há uma possibilidade que, com as reduções das exigências para entrada do consumidor no mercado livre de energia, o proprietário de microgeração possa negociar a energia excedente e vendê-la, obtendo retorno em espécime do seu investimento.

Caso tenha interesse, entre em contato conosco para orçamento de um sistema fotovoltaico grid-tie.

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